O Império das Fibras Naturais


Semana passada, terminei de ler um livro fantástico: “História da Vida Privada no Brasil: Cotidiano e Vida Privada na América Portuguesa; Volume 1”, da editora Companhia das Letras, Coleção dirigida por Fernando A. Novais. O livro conta sobre a história de um Brasil que não era visível e reconstrói as manifestações de intimidade, a vida privada e o cotidiano daqueles que faziam parte da colônia portuguesa.
Esse livro me fez recordar de uma exposição na Casa França-Brasil, em maio de 2008, intitulado Mulheres Reais - Modas e Modos no Rio de Dom João VI, que nos dava uma amostra do universo cotidiano feminino, através do vestuário, na passagem do Antigo Regime para o Império.Fiquei sem palavras. Vestidos de sinhás, mucamas e escravas tecidos com o frescor do algodão, com a suavidade da seda e com a imponência do linho.
Nada melhor do que as fibras naturais, principalmente em um país de clima tropical como o Brasil. Rendeiras, resolvi criar minha mucama. Mandei bordar, com linha branca de algodão, as ourelas de uma cambraia 100% algodão de tom terroso. O contraste do branco com o marrom me levou a colocar um bordado sobre o outro para dar a sensação de que uma renda foi aplicada. Está prontinha a minha mucama do século XXI.


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