A História do Bordado
Bordado é a arte de ornamentar os tecidos com fios diferentes, formando desenhos. Esse trabalho executa-se à mão ou à máquina, com agulhas de várias grossuras e feitios, inclusive as de gancho ou crochê. Os fios empregados para bordar podem ser os mais variados: algodão, seda, linho, ráfia, ouro e prata, e ainda de fibra sintética, náilon, acrílico e celofane. O bordado, além dos fios, complementa-se com outros elementos que vão de materiais preciosos, como ouro, prata, pérolas, pedras preciosas, lantejoulas e canutilhos, até os mais rústicos, como sementes, conchinhas, palha, contas de vidro ou de madeira etc. O bordado pode ser plano ou em relevo, que por vezes o torna semelhante a uma escultura.
Nas civilizações antigas que se desenvolveram às margens do Eufrates, a arte do bordado foi muito cultivada. Nos monumentos da Grécia antiga, aparecem figuras com túnicas bordadas.
Nas civilizações antigas que se desenvolveram às margens do Eufrates, a arte do bordado foi muito cultivada. Nos monumentos da Grécia antiga, aparecem figuras com túnicas bordadas.
Cópia romana de original grego, 50 a.C. – 50 d.C. Traje grego mais sofisticado. A Roupa e a Moda, James Laver, Editora Companhia Das Letras.
Porém, foi a partir do século VII que o interesse pelo bordado se tornou sistemático no Ocidente. Nos séculos seguintes, sua prática intensificou-se, a ponto de abadias e mosteiros se transformarem em verdadeiras oficinas de artesanato. As rainhas e suas damas também se dedicavam ao bordado. Em breve apareceram armas, brasões, escudos e pendões bordados a cores e em ouro e prata. No século XVI, difundiu-se o costume de bordar cenas semelhantes a pinturas, reproduzindo temas religiosos e históricos.
Na Renascença, o bordado assumiu a condição de artesanato puramente decorativo. Já então não se limitava a ornamentar as vestes religiosas e civis: seu uso estendeu-se à decoração de interiores, em tapeçaria, estofos para móveis, reposteiros, etc. No século XVII, começaram a bordar as toalhas de mesa e, no século XVIII, as roupas íntimas, aparecendo assim o bordado a branco.
Na Renascença, o bordado assumiu a condição de artesanato puramente decorativo. Já então não se limitava a ornamentar as vestes religiosas e civis: seu uso estendeu-se à decoração de interiores, em tapeçaria, estofos para móveis, reposteiros, etc. No século XVII, começaram a bordar as toalhas de mesa e, no século XVIII, as roupas íntimas, aparecendo assim o bordado a branco.
Francisco I da França; início do século XVI e Madalena, duquesa de Neuburg; início do século XVII. A Roupa e a Moda, James Laver, Editora Companhia Das Letras.
Em 1821, um operário francês inventou a primeira máquina de bordar. Com seu aperfeiçoamento e sua multiplicação, o século XIX conheceu o declínio do bordado. Porém, já no final do século, surge o movimento "Arts and Crafts" ("Artes e Ofícios") e, nas mãos de William Morris, a arte de bordar é revitalizada.
No início do século XX, apesar de ser possível a reprodução mecânica de todos os tipos de bordados, certos gêneros caíram em desuso e ocorreu um fenômeno de revalorização dos bordados manuais que se tornaram símbolos de alto nível social.
No início do século XX, apesar de ser possível a reprodução mecânica de todos os tipos de bordados, certos gêneros caíram em desuso e ocorreu um fenômeno de revalorização dos bordados manuais que se tornaram símbolos de alto nível social.
Abrigo de noite para ida ao teatro, 1900 - 1903. Moda – Desde el Siglo XVIII al Siglo XX, Instituto de la Indumentaria de Kioto, Editora Taschen.
Até a década de 1950, inclusive, era costume o uso de peças bordadas em branco sobre branco: lençóis, toalhas de mesa e lenços. A partir da décadas de 60 e 70, o uso de materiais alternativos, pesquisas de novas fibras para tecidos e tendências extravagantes ou ecológicas da moda fizeram com que, periodicamente, surgissem peças de vestuário feminino em tecido ou tricô bordados com aplicações de conchinhas, miçangas, sementes, plaquinhas de metal etc. Tais fenômenos atestam a vitalidade e a capacidade de renovação da arte de bordar no século XX.
Paco Rabanne, 1969 e Thea Porter, 1970. Moda – Desde el Siglo XVIII al Siglo XX, Instituto de la Indumentaria de Kioto, Editora Taschen.
Hoje, o bordado é a principal atividade artesanal em 75% dos municípios brasileiros. Com as cooperativas de bordadeiras, mulheres passaram a sustentar suas famílias, chegando a ter seus trabalhos exportados.
Rendeiras, eis duas pérolas na forma de livros de bordados, ambos comprados na Livraria Saraiva:
Guia Essencial de Bordados de Betty Barnden, Editora Lisma. Este livro inclui mais de 200 bordados, desde os pontos de cruz e de cadeia até os de aplicação de ornamentos e de enchimento. Os pontos estão apresentados de acordo com a sua utilização e estão explicados com fotografias e esquemas. Este é praticamente um livro de cabeceira para mim. A maioria dos meus bordados fora feito a partir das orientações de Betty.
Hoje, o bordado é a principal atividade artesanal em 75% dos municípios brasileiros. Com as cooperativas de bordadeiras, mulheres passaram a sustentar suas famílias, chegando a ter seus trabalhos exportados.
Rendeiras, eis duas pérolas na forma de livros de bordados, ambos comprados na Livraria Saraiva:
Guia Essencial de Bordados de Betty Barnden, Editora Lisma. Este livro inclui mais de 200 bordados, desde os pontos de cruz e de cadeia até os de aplicação de ornamentos e de enchimento. Os pontos estão apresentados de acordo com a sua utilização e estão explicados com fotografias e esquemas. Este é praticamente um livro de cabeceira para mim. A maioria dos meus bordados fora feito a partir das orientações de Betty.
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